quinta-feira, 27 de agosto de 2015
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Confira o programa da disciplina da sua turma em 2015.2
Depois de uma semana de atividades de abertura do semestre, começam hoje os encontros em sala de aula no curso de Jornalismo do Uniflu. Confira nos links abaixo os programas das disciplinas que ministro neste 2015.2:
2º Período:
Introdução ao Jornalismo II
Teoria da Comunicação
3º Período:
Teoria do Jornalismo
8º Período:
Tópicos em Jornalismo (Atividade complementar que será discutida com a turma)
2º Período:
Introdução ao Jornalismo II
Teoria da Comunicação
3º Período:
Teoria do Jornalismo
8º Período:
Tópicos em Jornalismo (Atividade complementar que será discutida com a turma)
quarta-feira, 11 de março de 2015
Boa referência para orientandos
Ciências da comunicação em processo: paradigmas e mudanças nas pesquisas em comunicação no século XXI
PDF em:
http://www.portcom.intercom.org.br/ebooks/arquivos/d6cc01be9ec3e5df8c8c96019968bc3b.pdf
PDF em:
http://www.portcom.intercom.org.br/ebooks/arquivos/d6cc01be9ec3e5df8c8c96019968bc3b.pdf
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Confira os programas das disciplinas para o Semestre 2015.1
Vamos que vamos para o Semestre 2015.1! Os programas das disciplinas estão disponíveis nos links abaixo. Fiquemos atentos às referências bibliográficas. Com leituras prévias, a dinâmica em sala de aula funciona muito melhor. Bom semestre para todos!
Primeiro período:
Primeiro período:
Segundo período:
Terceiro período:
Sétimo período
Leituras em Jornalismo: Programa da Disciplina
LEITURAS EM JORNALISMO – SÉTIMO PERÍODO
Fundação Cultural de Campos
CENTRO UNIVERSITÁRIO FLUMINENSE
CURSO DE JORNALISMO
EMENTA DE LEITURAS EM JORNALISMO
7º PERÍODO
Professor: Vitor Luiz Menezes Gomes
CURSO DE JORNALISMO
EMENTA DE LEITURAS EM JORNALISMO
7º PERÍODO
Professor: Vitor Luiz Menezes Gomes
PRÉ-REQUISITO: NENHUM
CARGA HORÁRIA: 40
CARGA HORÁRIA: 40
Ementa:
Leituras comentadas de grandes reportagens jornalísticas. Produção
de resenhas e trabalhos acadêmicos sobre as obras utilizadas. Discussão de
temas ligados à profissão a partir de aspectos levantados pelos livros
adotados, como métodos de apuração, linguagens e estratégias narrativas.
Programa:
– Grandes reportagens
Leitura comentada do livro “Rota 66”, de Caco Barcelos.
Leitura comentada do livro “Bar Bodega – Um crime da imprensa”, de
Carlos Dorneles.
– Grandes narrativas
Leitura comentada do livro “A sangue frio”, de Truman Capote.
Leitura comentada do livro “O Olho da Rua”, de Eliane Brum.
Leitura comentada do livro “A Feijoada que derrubou o governo”, de
Joel Silveira.
Leitura comentada do livro "O gosto da guerra", de José Hamilton Ribeiro.
Leitura comentada do livro "O gosto da guerra", de José Hamilton Ribeiro.
– Grandes biografias
Leitura comentada do livro “Chatô – O Rei do Brasil”, de Fernando
Morais.
Leitura comentada do livro “Minha razão de viver”, de Samuel
Wainer.
Bibliografia*:
BARCELLOS,
Caco. Rota 66. São Paulo: Record. 2003.
BRUM,
Eliane. O Olho da Rua. São Paulo: Globo, 2008.
CAPOTE,
Truman. A Sangue Frio – Relato verdadeiro de um homicídio duplo e suas
consequencias. São Paulo : Companhia das Letras, 2003
DORNELES,
Carlos. Bar Bodega – Um Crime de Imprensa. São Paulo: Globo, 2007.
MORAIS,
Fernando. Chatô – O Rei do Brasil. Edição econômica. São Paulo: 2011.
RIBEIRO,
José Hamilton. O Gosto da Guerra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
SAMUEL,
Wainer. Minha Razão de Viver. São Paulo: Planeta do Brasil, 2005.
SILVEIRA,
Joel. A Feijoada que Derrubou o Governo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
* Em razão da especificidade do
programa, todos os livros são essenciais, não sendo possível dividi-los em
“bibliografia básica” e “bibliografia complementar”.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Forum sobre as Diretrizes Curriculares de Jornalismo
Cursos de comunicação em todo o País discutem a aplicação das mudanças provocadas pelas novas Diretrizes Curriculares do Curso de Jornalismo. No curso de Jornalismo do Uniflu, o novo Projeto Pedagógico do Curso, atualizado em 2012, levou em consideração as mudanças e está em sintonia com as novas necessidades da área.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Ser jornalista pode doer
Por Tiago Lobo*
[Publicado pelo Observatório da Imprensa em 15/10/2013 (edição 768)]
Descobri que ser jornalista dói na alma e intriga a consciência. É uma espécie de vício e competição absurda, consigo mesmo, pela busca de histórias cada vez melhores, mais bem contadas e apaixonantes. Este processo é fisicamente desgastante e exaustivo para a mente, mas ao final de sua efemeridade oferece um êxtase tão profundo que se apresenta como uma ditadura imprescindível e cegamente aplaudida por qualquer um que já a tenha experimentado.
É uma necessidade de contar histórias que faz com que o produto escravize o produtor. Mas são poucos que a sentem. Em uma conversa de bar com outro jornalista ouvi que essa característica é inata. Está no âmago de pessoas que foram talhadas para este fardo. Pois, sim, a paixão insaciável de García Márquez ou os sapatos sujos de Gay Talese são fardos. Nem um pouco leves.
Mesmo que blindados por uma aura de soberba, do tipo de homem conhecedor do mundo, que já viu de tudo e possui fortes convicções para praticamente todo tipo de assunto, os jornalistas que se identificam com esta dor sublime vivem na companhia de uma insegurança intrínseca e fulminante que se apresenta como um ser consciente a cada pauta descoberta e a cada linha escrita. No final da obra há, ainda, uma espécie de dor pelo fracasso da não perfeição e o martírio pela ausência de qualquer detalhe mundano que, para o autor, conferiria um elemento visceral para a composição do ambiente dos fatos, ou da leitura da alma dos personagens de suas obras.
Desconfiamos de tudo e de todos
Assim como a profissão, a obra de um jornalista costuma ser ingrata com seu autor. Ela o escraviza, exige esforço, dedicação, cobra ser reescrita quantas vezes forem necessárias e seus louros são passageiros. Como diria um gênio da reportagem, sic transit gloria mundi, em uma tradução livre “toda a glória do mundo é transitória”. Para um repórter existem apenas duas, e elas não duram mais do que instantes: terminar sua história e vê-la publicada. Em ambos os momentos a sensação do dever imposto pelo subconsciente é domada, como uma ira que foi aplacada e aguarda o momento propício de retornar. Quando esta atmosfera quase fictícia passa tudo recomeça e o efêmero prazer dá lugar à dor da inquietude.
Talvez por isso repórteres sejam jovens o suficiente para saber de tudo. Ou pensar que sabem. Fomos feitos para ultrapassar limites, não nos contentamos com as informações disponíveis na superfície e desconfiamos de tudo e de todos. Estamos prontos para cruzar linhas vermelhas. Muito antes da internet e redes sociais, já vivíamos para compartilhar histórias.
* Tiago Lobo é jornalista, Porto Alegre (RS).
Link para a publicação original: http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed768_ser_jornalista_pode_doer
[Publicado pelo Observatório da Imprensa em 15/10/2013 (edição 768)]
Descobri que ser jornalista dói na alma e intriga a consciência. É uma espécie de vício e competição absurda, consigo mesmo, pela busca de histórias cada vez melhores, mais bem contadas e apaixonantes. Este processo é fisicamente desgastante e exaustivo para a mente, mas ao final de sua efemeridade oferece um êxtase tão profundo que se apresenta como uma ditadura imprescindível e cegamente aplaudida por qualquer um que já a tenha experimentado.
É uma necessidade de contar histórias que faz com que o produto escravize o produtor. Mas são poucos que a sentem. Em uma conversa de bar com outro jornalista ouvi que essa característica é inata. Está no âmago de pessoas que foram talhadas para este fardo. Pois, sim, a paixão insaciável de García Márquez ou os sapatos sujos de Gay Talese são fardos. Nem um pouco leves.
Mesmo que blindados por uma aura de soberba, do tipo de homem conhecedor do mundo, que já viu de tudo e possui fortes convicções para praticamente todo tipo de assunto, os jornalistas que se identificam com esta dor sublime vivem na companhia de uma insegurança intrínseca e fulminante que se apresenta como um ser consciente a cada pauta descoberta e a cada linha escrita. No final da obra há, ainda, uma espécie de dor pelo fracasso da não perfeição e o martírio pela ausência de qualquer detalhe mundano que, para o autor, conferiria um elemento visceral para a composição do ambiente dos fatos, ou da leitura da alma dos personagens de suas obras.
Desconfiamos de tudo e de todos
Assim como a profissão, a obra de um jornalista costuma ser ingrata com seu autor. Ela o escraviza, exige esforço, dedicação, cobra ser reescrita quantas vezes forem necessárias e seus louros são passageiros. Como diria um gênio da reportagem, sic transit gloria mundi, em uma tradução livre “toda a glória do mundo é transitória”. Para um repórter existem apenas duas, e elas não duram mais do que instantes: terminar sua história e vê-la publicada. Em ambos os momentos a sensação do dever imposto pelo subconsciente é domada, como uma ira que foi aplacada e aguarda o momento propício de retornar. Quando esta atmosfera quase fictícia passa tudo recomeça e o efêmero prazer dá lugar à dor da inquietude.
Talvez por isso repórteres sejam jovens o suficiente para saber de tudo. Ou pensar que sabem. Fomos feitos para ultrapassar limites, não nos contentamos com as informações disponíveis na superfície e desconfiamos de tudo e de todos. Estamos prontos para cruzar linhas vermelhas. Muito antes da internet e redes sociais, já vivíamos para compartilhar histórias.
* Tiago Lobo é jornalista, Porto Alegre (RS).
Link para a publicação original: http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed768_ser_jornalista_pode_doer
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Um documentário de 1987 sobre a história da imprensa no Brasil
Aqui, referências sobre outros documentários e vídeos promocionais sobre a imprensa brasileira, em um post de Richard Romancini.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Ipea lança 3º Panorama da Comunicação
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) acaba de lançar o 3° Panorama da Comunicação, publicação em quatro volumes que reúne artigos de pesquisadores que mapeiam o campo nos países do Cone Sul. O material é gratuito e disponível para dowload aqui.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Jornalistas: Maioria feminina, jovem e com renda menor que 5 salários mínimos
Da Assessoria
O Núcleo de Estudos sobre Transformações no
Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (TMT/UFSC) lança, no
dia 6 de maio, o relatório “Perfil do jornalista brasileiro – Características
demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012”.
A publicação, da editora Insular, apresentará os
resultados quantitativos da enquete com 2.731 profissionais, realizada entre
setembro e novembro do ano passado pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Política (PPGSP), em convênio com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
O projeto teve o apoio da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo
(SBPJor) e do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ).
O estudo indica que a categoria tornou-se
majoritariamente feminina (64%) e jovem (59% têm até 30 anos). Entre outros
dados, o levantamento constata que 98% da categoria tem formação superior e 40%
já com pós-graduação. Dos jornalistas, 59,9% recebem até cinco salários mínimos,
aproximadamente 50% trabalham mais de oito horas por dia e 27% trabalham em mais
de um emprego.
A pesquisa aferiu a distribuição dos profissionais por tipo de
atividade: os que atuam principalmente na mídia são 55%, os que atuam em
assessoria de imprensa ou outras atividades jornalísticas fora da mídia são 40%,
e os que atuam como professores são 5%.
O lançamento do relatório ocorrerá no Centro de
Filosofia e Ciências Humanas da UFSC, às 19h. A publicação também será divulgada
durante o II Colóquio Internacional Mudanças Estruturais no Jornalismo (Mejor
2013), de 7 a 10 maio de 2013, em Natal (RN). Dois artigos resultantes da
pesquisa serão divulgados nesse evento.
Uma síntese desses resultados está disponível
aqui:
terça-feira, 16 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
domingo, 10 de março de 2013
Blog registra o passo a passo da produção monográfica
As alunas Ulli Marques e Channa Vieira, minhas orientandas de monografia, criaram um blog para registrar o desenvolvimento da elaboração do trabalho. O bastidor, as dicas e as referências bibliográficas podem ajudar a outros estudantes que também estejam em fase de produção monográfica.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Teoria do Jornalismo: Programa da Disciplina
TEORIA DO JORNALISMO – TERCEIRO PERÍODO
Fundação Cultural de Campos
CENTRO UNIVERSITÁRIO FLUMINENSE
CURSO DE JORNALISMO
EMENTA DE TEORIA DO JORNALISMO
3º PERÍODO
Professor: Vitor Luiz Menezes Gomes
PRÉ-REQUISITO:
NENHUM
CARGA HORÁRIA: 40
Ementa:
CARGA HORÁRIA: 40
Ementa:
Critérios de noticiabilidade e principais teorias do jornalismo. Reflexões e abordagens sobre linguagens e gêneros jornalísticos e seus efeitos. Identificação do jornalismo como campo dotado de especificidade profissional e científica, ainda que em diálogo permanente e necessário com outros campos profissionais e de saber. Contato com artigos acadêmicos recentes da área.
Programa:
–
Introdução às Teorias do Jornalismo
Apresentação das obras e autores da disciplina
Panorâmica sobre a formação do campo
Apresentação das obras e autores da disciplina
Panorâmica sobre a formação do campo
– As Teorias do Jornalismo
A organização conceitual de Nelson Traquina
A
organização conceitual de Felipe Pena
Sistematização
e diálogo com outros autores
– Exercícios de pesquisa
Pesquisa de campo sobre a hipótese da Agenda Setting
Pesquisa de campo sobre a teoria do Gatekeeper
Pesquisa
de campo sobre mais uma teoria escolhida pela turma.
–
Questões contemporâneas
Aplicação
de conceitos por meio de temas da atualidade. Perspectivas do jornalismo e das
Teorias do Jornalismo.
Bibliografia
Básica
MELO,
José Marques de. Teoria do Jornalismo. São Paulo: Paulus, 2006.
PENA,
Felipe. Teoria do Jornalismo. São Paulo: Contexto, 2005.
TRAQUINA,
Nelson. Teorias do Jornalismo: Porque as notícias são como são. V. 1 e 2.
Florianópolis: Insular, 2005
Complementar
DINES,
Alberto. O Papel do Jornal e a Profissão de Jornalista. Edição Revista e
Ampliada. São Paulo: Summus, 2009.
MARCONDES
FILHO, Ciro. Jornalismo. A Saga dos Cães Perdidos. São Paulo: Hacker Editores,
2000.
RUBLESCKI,
Anelise. Teorias do Jornalismo: Questões Exploratórias em Tempos
Pós-massivos. Intercom. 2010.
Link: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-1220-1.pdf
sábado, 8 de dezembro de 2012
Notas estão no site do Uniflu
Para evitar exposição da privacidade de algum aluno que possa se sentir incomodado, não vou colocar aqui as notas da segunda chamada aplicada no último dia 3, como cheguei a falar em sala. Todas já estão lançadas e disponíveis para consulta no site do Uniflu, na área do aluno: http:www.uniflu.edu.br .
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Ouro Preto sedia 9º Encontro Nacional de História da Mídia
Da Assessoria da UFOP
O 9º Encontro Nacional de História da Mídia será realizado de 30 de maio a 1º de junho de 2013, no Centro de Convenções de Ouro Preto (MG), sobre o tema central “História da Comunicação ou História da Mídia? – Fronteiras conceituais e diferenças”, numa realização da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar).
A organização do evento é do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) que realizou este ano, com grande sucesso, o Intercom Sudeste 2012. A Comissão Organizadora está preparando uma densa programação acadêmica e cultural com o objetivo de realizar um congresso de qualidade.
Já estão sendo finalizadas parcerias com a rede hoteleira de Ouro Preto para facilitar a hospedagem dos congressistas. Para quem preferir ficar nas tradicionais repúblicas da cidade, muitas delas vão receber os participantes do evento pela diária de 15 reais, incluindo o café da manhã.
As inscrições estarão abertas de 1º de março a 19 de maio de 2013 e o valor da taxa varia de acordo com a data, titulação e filiação à Alcar. A submissão de trabalhos estará aberta de 1º de março a 22 de abril de 2013.
O evento também vai realizar a segunda edição do Prêmio José Marques de Melo de Estímulo à Memória da Mídia, uma exposição de trabalhos científicos para alunos de graduação.
Os artigos para apresentação no evento podem ser inscritos em um dos Grupos de Trabalho da Alcar (relação abaixo).
Todas as informações sobre o 9º Encontro Nacional de História da Mídia estão disponíveis no site http://www.jornalismo.ufop.br/historiadamidia ou pelo e-mail historiadamidia@icsa.ufop.br. O evento também já está nas redes sociais: Facebook (www.facebook.com/HistoriaDaMidia) e Twitter (@HistoriaMidia). O blog http://www.jornalismo.ufop.br/ouropreto mapeia Ouro Preto para o congressista, com dicas de alimentação, hospedagem, pontos turísticos, transporte e saúde.
Nair Prata
Coordenadora do 9º Encontro Nacional de História da Mídia
---------------------
Grupos de Trabalho (GTs) da Alcar:
História do Jornalismo
Coordenadores: Igor Sacramento (UFRJ) – igorsacramento@gmail.com e
Letícia Matheus (UERJ) - leticia_matheus@yahoo.com.br.
História da Publicidade e da Comunicação Institucional
Coordenadora: Maria Angela Pavan (UFRN) – gelpavan@gmail.com
História da Mídia Digital
Coordenadora: Sandra Rubia da Silva (UFSM) - sandraxrubia@gmail.com
História da Mídia Impressa
Coordenador: José Ferreira Junior (UFMA) - jferr@uol.com.br
História da Mídia Sonora
Coordenadora: Valci Zuculoto (UFSC) - valzuculoto@hotmail.com
História da Mídia Audiovisual e Visual
Coordenadores: Ana Paula Goulart Ribeiro (UFRJ) - apgoulart@terra.com.br
Christina Musse (UFJF) - musse@terra.com.br
História da Mídia Alternativa
Coordenadora: Karina Janz Woitowicz (UEPG) - karinajw@hotmail.com
Historiografia da Mídia
Coordenadora: Silvana Louzada (UFF) - silvanalouzada@gmail.com
Serviço:
9º Encontro Nacional de História da Mídia
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
30 de maio a 1º de junho de 2013
Ouro Preto - MG
Encontre-nos online!
www.jornalismo.ufop.br/historiadamidia
www.facebook.com/HistoriaDaMidia
www.twitter.com/historiamidia
O 9º Encontro Nacional de História da Mídia será realizado de 30 de maio a 1º de junho de 2013, no Centro de Convenções de Ouro Preto (MG), sobre o tema central “História da Comunicação ou História da Mídia? – Fronteiras conceituais e diferenças”, numa realização da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar).
A organização do evento é do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) que realizou este ano, com grande sucesso, o Intercom Sudeste 2012. A Comissão Organizadora está preparando uma densa programação acadêmica e cultural com o objetivo de realizar um congresso de qualidade.
Já estão sendo finalizadas parcerias com a rede hoteleira de Ouro Preto para facilitar a hospedagem dos congressistas. Para quem preferir ficar nas tradicionais repúblicas da cidade, muitas delas vão receber os participantes do evento pela diária de 15 reais, incluindo o café da manhã.
As inscrições estarão abertas de 1º de março a 19 de maio de 2013 e o valor da taxa varia de acordo com a data, titulação e filiação à Alcar. A submissão de trabalhos estará aberta de 1º de março a 22 de abril de 2013.
O evento também vai realizar a segunda edição do Prêmio José Marques de Melo de Estímulo à Memória da Mídia, uma exposição de trabalhos científicos para alunos de graduação.
Os artigos para apresentação no evento podem ser inscritos em um dos Grupos de Trabalho da Alcar (relação abaixo).
Todas as informações sobre o 9º Encontro Nacional de História da Mídia estão disponíveis no site http://www.jornalismo.ufop.br/historiadamidia ou pelo e-mail historiadamidia@icsa.ufop.br. O evento também já está nas redes sociais: Facebook (www.facebook.com/HistoriaDaMidia) e Twitter (@HistoriaMidia). O blog http://www.jornalismo.ufop.br/ouropreto mapeia Ouro Preto para o congressista, com dicas de alimentação, hospedagem, pontos turísticos, transporte e saúde.
Nair Prata
Coordenadora do 9º Encontro Nacional de História da Mídia
---------------------
Grupos de Trabalho (GTs) da Alcar:
História do Jornalismo
Coordenadores: Igor Sacramento (UFRJ) – igorsacramento@gmail.com e
Letícia Matheus (UERJ) - leticia_matheus@yahoo.com.br.
História da Publicidade e da Comunicação Institucional
Coordenadora: Maria Angela Pavan (UFRN) – gelpavan@gmail.com
História da Mídia Digital
Coordenadora: Sandra Rubia da Silva (UFSM) - sandraxrubia@gmail.com
História da Mídia Impressa
Coordenador: José Ferreira Junior (UFMA) - jferr@uol.com.br
História da Mídia Sonora
Coordenadora: Valci Zuculoto (UFSC) - valzuculoto@hotmail.com
História da Mídia Audiovisual e Visual
Coordenadores: Ana Paula Goulart Ribeiro (UFRJ) - apgoulart@terra.com.br
Christina Musse (UFJF) - musse@terra.com.br
História da Mídia Alternativa
Coordenadora: Karina Janz Woitowicz (UEPG) - karinajw@hotmail.com
Historiografia da Mídia
Coordenadora: Silvana Louzada (UFF) - silvanalouzada@gmail.com
Serviço:
9º Encontro Nacional de História da Mídia
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
30 de maio a 1º de junho de 2013
Ouro Preto - MG
Encontre-nos online!
www.jornalismo.ufop.br/historiadamidia
www.facebook.com/HistoriaDaMidia
www.twitter.com/historiamidia
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Dica para orientandos: Livro Análise Global de Processos Jornalísticos
Atenção orientandos:
Boa leitura para quem está na fase de definir metodologia de pesquisa para os seus trabalhos monográficos na área de jornalismo impresso. Oferece síntese das teorias do jornalismo, confrontando autores, e organiza bem possibilidades metodológicas para pesquisa na área. Trata-se do livro "Análise Global de Processos Jornalísticos: uma proposta metodológica", de Aline Strelow. PDF disponível para dowload gratuito no link abaixo:
http://www.pucrs.br/edipucrs/analiseglobal.pdf
Boa leitura para quem está na fase de definir metodologia de pesquisa para os seus trabalhos monográficos na área de jornalismo impresso. Oferece síntese das teorias do jornalismo, confrontando autores, e organiza bem possibilidades metodológicas para pesquisa na área. Trata-se do livro "Análise Global de Processos Jornalísticos: uma proposta metodológica", de Aline Strelow. PDF disponível para dowload gratuito no link abaixo:
http://www.pucrs.br/edipucrs/analiseglobal.pdf
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Inscrições abertas para prêmio de jornalismo universitário
A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) abriu inscrições para o 4º Prêmio ESMPU de Jornalismo Universitário.
O objetivo do prêmio é despertar a reflexão sobre a questão da
honestidade na administração dos bens públicos, incentivando estudantes
de jornalismo de instituições públicas ou privadas a abordar em
reportagens o trabalho de qualquer um dos ramos do Ministério Público da
União (Ministérios Públicos Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito
Federal e Territórios) na defesa do patrimônio público brasileiro.
A ideia é esclarecer a sociedade sobre uma das principais atribuições e competências da instituição e aproximá-la do cidadão. Com isso, a ESMPU pretende mostrar que o trabalho do MP é de interesse público, matéria-prima para o jornalista.
A ideia é esclarecer a sociedade sobre uma das principais atribuições e competências da instituição e aproximá-la do cidadão. Com isso, a ESMPU pretende mostrar que o trabalho do MP é de interesse público, matéria-prima para o jornalista.
Podem concorrer matérias veiculadas em jornais laboratório impressos, on-line,
de rádio ou de televisão. Os trabalhos podem ser produzidos
individualmente ou em grupo formado por, no máximo, três estudantes. O
material deverá ser elaborado e veiculado no ano de 2012.
O
primeiro e o segundo colocado de cada região do país serão contemplados
com um prêmio de R$ 5 mil e R$ 3 mil, respectivamente.
As inscrições seguem até o dia 25 de janeiro de 2013, pelo endereço http://premiodejornalismo. esmpu.gov.br. Na página, estão disponíveis o regulamento e as informações completas sobre o concurso.
Apoiam
a iniciativa a Band Brasília/Band News FM, o Conselho de Reitores das
Universidades Brasileiras (Crub), a Rede Record Brasília, o Sindicato de
Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJP-DF) e a Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).
Assessoria de Comunicação
Escola Superior do Ministério Público da União
Escola Superior do Ministério Público da União
(61) 3313-5132 / 5126
Twitter: @escolampu
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Baixe pesquisa Comunique-se sobre práticas da Assessoria de Imprensa
Atenção povo da disciplina de Assessoria de Imprensa: o Comunique-se divulgou hoje (23/10/12) resultado de pesquisa "Fala, jornalista!", com profissionais de todo o País, sobre o relacionamento com as assessorias de comunicação e sobre outros aspectos da atividade. Os dados são importantes para ajudar nos planejamentos de comunicação e na qualificação das práticas na área. Confira aqui a apresentação.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Suicídio: um tema delicado para o jornalismo
Veja trabalho de conclusão de curso de alunos da UniBrasil sobre o assunto:
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Repórter ameaçado de morte deixa o País
Coluna de hoje da jornalista Eliane Brum, no site da revista Época, conta a história de um repórter da Folha de São Paulo que vive fora do país por ter sido ameaçado de morte.
Vencedor de mais de 40 prêmios de jornalismo, André Caramante publicou, em 14 de julho passado, uma pequena matéria que mostrava a atuação de um ex-chefe da Rota, o coronel reformado da Polícia Militar Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, e o modo como este prega a violência pela internet.
Depois da publicação, o repórter começou a sofrer ameaças e, em setembro, o jornal decidiu enviá-lo, com a sua família, para fora do país. Enquanto isso, Telhada, que se candidatou a vereador pelo PSDB, consolidou a campanha que o levou à vitória na eleição de ontem para o legislativo paulistano.
[Veja a íntegra do texto de Eliane Brum aqui.]
terça-feira, 24 de julho de 2012
II Simpósio Nacional de Jornalismo Científico na Uenf
Gustavo Smiderle / Da Ascom Uenf
O papel da mídia na participação da sociedade em questões de política científica e tecnológica será tema do II Simpósio Nacional de Jornalismo Científico, que se realizará em 28 e 29/11/12, no Centro de Convenções da UENF, em Campos dos Goytacazes (RJ). Promovido pela UENF com apoio financeiro da Faperj, o Simpósio terá mesas-redondas, palestras e apresentações de trabalhos. De acordo com o cronograma preliminar, as inscrições estarão abertas de 27/08 a 28/09/12.
A palestra de abertura, às 14h30 de 28/11, será ministrada pelo físico Ildeu de Castro Moreira, do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ildeu vai abordar o tema ‘Por que o cientista agora tem que se comunicar?’. O tema foi proposto em função da recente iniciativa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) de criar um espaço nos currículos dos pesquisadores publicados na internet (Plataforma Lattes) para registrar ações de divulgação da ciência.
O Simpósio deverá reunir em Campos (RJ) nomes importantes da área no mundo acadêmico e profissional. Além de Ildeu de Castro Moreira, já confirmaram presença Graça Caldas (Labjor/Unicamp), Cidoval Morais de Sousa (Universidade Estadual da Paraíba), Cilene Victor (diretora de Redação da revista Com Ciência Ambiental), Fabiola Imaculada de Oliveira (jornalista e escritora, agraciada em 2002 com o Prêmio José Reis de Divulgação Científica do CNPq), Glória Kreinz (presidente da Abradic / Associação Brasileira de Divulgação Científica), Lena Vânia Ribeiro Pinheiro (coordenadora do Canal Ciência / Ibict), Renata Dias (editora do Jornal da Ciência da SBPC / Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e Sofia Moutinho (jornalista da Revista Ciência Hoje). Profissionais que atuam na região de Campos também vão participar, como o jornalista Vitor Menezes (presidente da Associação de Imprensa Campista e professor do curso de Jornalismo da Faculdade de Filosofia de Campos/Uniflu).
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Dica para o povo do 1° Período
Pela nova matriz que estamos discutindo no NDE (Núcleo Docente Estruturante), vocês terão comigo no sétimo período uma disciplina chamada "Leituras em Jornalismo", que tem como objetivo apresentar e discutir alguns clássicos da reportagem em livro. Mas vale a pena ir formando e lendo desde já esta pequena biblioteca, com os títulos que serão utilizados. Confira:
BARCELLOS, Caco. Rota 66. São Paulo: Record. 2003.
BRUM, Eliane. O Olho da Rua. São Paulo: Globo, 2008.
CAPOTE, Truman. A Sangue Frio – Relato verdadeiro de
um homicídio duplo e suas consequencias. São Paulo : Companhia das Letras, 2003
DORNELES, Carlos. Bar Bodega – Um Crime de Imprensa.
São Paulo: Globo, 2007.
MORAIS, Fernando. Chatô – O Rei do Brasil. São Paulo:
1994.
RIBEIRO, José Hamilton. O Gosto da Guerra. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2005.
SAMUEL, Wainer. Minha Razão de Viver. São Paulo:
Planeta do Brasil, 2005.
SILVEIRA, Joel. A Feijoada que Derrubou o Governo.
São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Boa leitura!
segunda-feira, 4 de junho de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Assista Programa Observatório da Imprensa sobre o pré-sal e a mídia das regiões do petróleo
O Programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, produziu edição especial, comemorativa dos seus 14 anos, sobre os impactos do pré-sal na imprensa do interior. Foram ouvidos jornalistas, professores e donos de veículos de comunicação em cidades como Campos, Macaé, Vitória e Santos. Confira a íntegra:
Bloco 1
Bloco 2
Bloco 3
Bloco 4
Bloco 1
Bloco 2
Bloco 3
Bloco 4
sexta-feira, 20 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Calendário de Provas 1º Sem. 2012
1º Período (Introdução ao Jornalismo I)
A1 - 16/04 / A2 - 18/06 / 2CH - 25/06 / AF - 02/07
3º Período (Introdução ao Jornalismo I)
A1 - 16/04 / A2 - 18/06 / 2CH - 25/06 / AF - 02/07
8º Período (Assessoria de Imprensa)
A1 - 17/04 / A2 - 19/06 / 2CH - 25/06 / AF - 02/07
A1 - 16/04 / A2 - 18/06 / 2CH - 25/06 / AF - 02/07
3º Período (Introdução ao Jornalismo I)
A1 - 16/04 / A2 - 18/06 / 2CH - 25/06 / AF - 02/07
8º Período (Assessoria de Imprensa)
A1 - 17/04 / A2 - 19/06 / 2CH - 25/06 / AF - 02/07
sexta-feira, 30 de março de 2012
O Caso Escola Base 18 anos depois
O Caso da Escola Base, em São Paulo, é o mais emblemático exemplo de como podem ser graves e irreversíveis os erros da imprensa. Merece sempre ser lembrado para nos mantermos vigilantes em relação aos nossos métodos de apuração e critérios de publicação. Vale a pena ver matéria da TV Brasil, veiculada no Repórter Brasil do dia 29 de março de 2012, sobre a passagem dos 18 anos do episódio.
terça-feira, 27 de março de 2012
Veja como foi o Enade de Jornalismo em 2009
Atenção povo de jornalismo que vai fazer o Enade 2012. Vale a pena dar uma olhada na prova anterior, realizada em 2009. Links abaixo:
Prova de Jornalismo 2009
Gabarito de Jornalismo 2009
Padrão de Resposta (o que se espera do aluno nas questões discursivas)
A prova do Enade é aplicada a cada três anos.
quarta-feira, 21 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
Entrevista sobre monitoramento de redes sociais
domingo, 18 de março de 2012
terça-feira, 13 de março de 2012
Atualizada ementa de Introdução ao Jornalismo I
Atenção povo do 1° Período: foi atualizada a ementa da disciplina de Introdução ao Jornalismo I. Aqui.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Programação 2012 do Cine Jornalismo AIC
Últimos sábados do mês, às 16h, na AIC (Rua Tenente Cel. Cardoso, 460, ao lado da OI/Telemar)
31 de Março
Filme: O quarto Poder (EUA: 1997)
Comentadora: Cláudia Eleonora
28 de Abril
Filme: A Montanha dos Sete Abutres (EUA: 1951)
Comentador: Ocinei Trindade
26 de Maio
Filme: Blow Up - Depois daquele beijo (Inglaterra/Itália/EUA: 1966)
Comentador: Diomarcelo Pessanha
30 de Junho
Filme: Aconteceu Naquela Noite (EUA: 1934)
Comentador: Marcos Curvello
28 de Julho
Filme: O Âncora - A Lenda de Ron Burgundy (EUA: 2004)
Comentador: Álvaro Marcos
25 de Agosto
Filme: Muito Além do Cidadão Kane (Inglaterra: 1993)
Comentador: Alexandro Florentino
29 de Setembro
Filme: Doces Poderes (Brasil: 1997)
Comentadora: Alessandra Ribeiro
27 de Outubro
Filme: Jejum de Amor (EUA: 1940)
Comentadora: Talita Barros
24 de Novembro
Filme: O tempo é uma ilusão (EUA: 1944)
Comentadora: Katiana Rodrigues
31 de Março
Filme: O quarto Poder (EUA: 1997)
Comentadora: Cláudia Eleonora
28 de Abril
Filme: A Montanha dos Sete Abutres (EUA: 1951)
Comentador: Ocinei Trindade
26 de Maio
Filme: Blow Up - Depois daquele beijo (Inglaterra/Itália/EUA: 1966)
Comentador: Diomarcelo Pessanha
30 de Junho
Filme: Aconteceu Naquela Noite (EUA: 1934)
Comentador: Marcos Curvello
28 de Julho
Filme: O Âncora - A Lenda de Ron Burgundy (EUA: 2004)
Comentador: Álvaro Marcos
25 de Agosto
Filme: Muito Além do Cidadão Kane (Inglaterra: 1993)
Comentador: Alexandro Florentino
29 de Setembro
Filme: Doces Poderes (Brasil: 1997)
Comentadora: Alessandra Ribeiro
27 de Outubro
Filme: Jejum de Amor (EUA: 1940)
Comentadora: Talita Barros
24 de Novembro
Filme: O tempo é uma ilusão (EUA: 1944)
Comentadora: Katiana Rodrigues
segunda-feira, 5 de março de 2012
Link para as normas da ABNT
Para orientandos de monografia e demais alunos em fase de produção de trabalhos acadêmicos, vale a observação das normas da ABNT para apresentação de textos científicos:
http://www.firb.br/abntmonograf.htm
http://www.firb.br/abntmonograf.htm
sexta-feira, 2 de março de 2012
Atenção povo em trabalho de parto monográfico
Há alguns livros de metodologia de pesquisa em comunicação/jornalismo que são essenciais para ajudar a escolher o caminho de pesquisa a trilhar:
METODOS E TECNICAS DE PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
DUARTE, JORGE e BARROS, ANTONIO (orgs)
Editora: ATLAS
METODOLOGIA DE PESQUISA EM JORNALISMO
LAGO, CLAUDIA e BENETTI, MARCIA
Editora: VOZES
COMUNICAÇÃO E PESQUISA
SANTAELLA, LUCIA
Editora: EDITORA BLUECOM
METODOS E TECNICAS DE PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
DUARTE, JORGE e BARROS, ANTONIO (orgs)
Editora: ATLAS
METODOLOGIA DE PESQUISA EM JORNALISMO
LAGO, CLAUDIA e BENETTI, MARCIA
Editora: VOZES
COMUNICAÇÃO E PESQUISA
SANTAELLA, LUCIA
Editora: EDITORA BLUECOM
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Link para o texto "As origens do jornalismo"
Atenção moçada da disciplina Introdução ao Jornalismo - I: clique no link abaixo para acessar texto de Felipe Pena sobre algumas das possíveis origens do jornalismo e suas fases de desenvolvimento:
http://www.felipepena.com/bloggus/origens.html
http://www.felipepena.com/bloggus/origens.html
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Textos de Pierre Levy e Lucien Sfez
Baixe textos para as aulas de Teoria da Comunicação sobre o Paradigma Horizontal-Interacionista.
A emergência do cyberspace e as mutações culturais
Pierre Levy
A mídia, a democracia e o tempo
Lucien Sfez
A emergência do cyberspace e as mutações culturais
Pierre Levy
A mídia, a democracia e o tempo
Lucien Sfez
domingo, 23 de outubro de 2011
Um bom papo sobre jornalismo
Rápido ping pong entre Caco Barcelos e Eliane Catanhede na Globo News em 20/09/11.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Teste seus conhecimentos em concursos
Quer testar os seus conhecimentos em concursos para jornalistas? Há links para provas aqui:
http://www.concursospublicosonline.com/informacao/view/Provas-de-Concursos-para-Comunicacao-Social---Jornalismo
E tem um bom blog para jornalistas interessados em concursos públicos aqui:
http://jornalistasconcurseiros.wordpress.com/
http://www.concursospublicosonline.com/informacao/view/Provas-de-Concursos-para-Comunicacao-Social---Jornalismo
E tem um bom blog para jornalistas interessados em concursos públicos aqui:
http://jornalistasconcurseiros.wordpress.com/
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Artigo para trabalho em Teoria da Comunicação
Artigo de Anamaria Fadul sobre Indústria Cultural e Comunicação de Massa:
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/c_ideias_17_053_a_059.pdf
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/c_ideias_17_053_a_059.pdf
domingo, 31 de julho de 2011
Assessoria: texto para discutir redes sociais
Trabalho de conclusão de curso na Universidade de Londrina sobre a utilização de redes sociais por assessorias de imprensa. Vale conhecer:
http://www.slideshare.net/AdamEstevesDebiasi/assessoria-de-imprensa-nas-redes-sociais-uma-anlise-da-comunicao-da-eletrobrs-petrobrs-tecnisa-e-whole-foods-market
http://www.slideshare.net/AdamEstevesDebiasi/assessoria-de-imprensa-nas-redes-sociais-uma-anlise-da-comunicao-da-eletrobrs-petrobrs-tecnisa-e-whole-foods-market
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Artigo sobre centenário de Mcluhan
Do jornal Página 12, publicado originalmente no link
http://www.pagina12.com.ar/diario/laventana/26-172652-2011-07-21.html
http://www.pagina12.com.ar/diario/laventana/26-172652-2011-07-21.html
McLuhan: cien años
Silvana Comba y Edgardo Toledo aprovechan la conmemoración del centenario del nacimiento de uno de los más grandes pensadores de la comunicación, el canadiense Marshall McLuhan, que se celebrará mañana, 21 de julio, para poner en evidencia la actualidad de muchas de sus afirmaciones.
Por Silvana Comba y Edgardo Toledo *
Este año –más precisamente el 21 de julio– se cumplen cien años del nacimiento de Marshall McLuhan. Conocido por acuñar y popularizar conceptos como los de “aldea global”, “el medio es el mensaje”, “el aula sin muros”, entre otros, McLuhan fue más allá al explorar diferentes nociones sobre un mundo complejo, donde conviven diferentes culturas –orales, escriturales, visuales– que van moldeando ecologías particulares para cada época. La vigencia de McLuhan en nuestros días es asombrosa. Los nuevos consumos culturales que fuimos incorporando en los últimos años no hacen más que invitarnos a una relectura de su obra, que nos ayude a comprender las transformaciones cognitivas, expresivas, relacionales y comunicacionales del nuevo ambiente. Y también a experimentar con la producción de obras en distintos lenguajes.
McLuhan decía que debido a su acción de extender nuestro sistema nervioso central, la tecnología electrónica parece favorecer la palabra hablada, con su sentido inclusivo y de participación, más que la palabra escrita que es, sobre todo, analítica, rasgo propio de las culturas alfabéticas. No obstante, hoy en día, los textos escritos que creamos se parecen al lenguaje oral. Por ejemplo, los emoticones son representaciones visuales que nos retrotraen a la antigua escritura jeroglífica. Este tipo de escritura y los ideogramas chinos, de acuerdo con la perspectiva de McLuhan, son formas de escritura culturalmente más ricas que impidieron a los hombres la realización de una transferencia inmediata del mundo mágico, tradicional y discontinuo de la palabra tribal al medio visual, frío y uniforme. El lenguaje multimedia que integra las fotos, la música, los videos creados por los usuarios también refuerza una relación más compleja entre oralidad y escritura que se expresa en diferentes pantallas. Como afirma McLuhan, el medio es el mensaje, significa, en términos de la era electrónica, que se ha creado un ambiente totalmente nuevo.
La invención de la comunicación instantánea de muchos-a-muchos, que es posible gracias a Internet, está a punto de provocar una revolución cognitiva con el consiguiente cambio de velocidad y escala. Como lo describe McLuhan, “el mensaje de cualquier medio o tecnología es el cambio de escala o ritmo o patrón que introduce en los asuntos humanos... Las consecuencias personales y sociales de cualquier medio –es decir, de cualquier extensión de nosotros mismos– es el resultado de la nueva escala que se introduce en nuestros asuntos por cada extensión de nosotros, o por cada tecnología... El ferrocarril no introdujo el movimiento, el transporte, la rueda o el camino en la sociedad humana, sino que aceleró y agrandó la escala de las funciones humanas previas, creando ciudades totalmente nuevas y nuevos tipos de trabajos y entretenimientos”. (1964)** Hoy la web está creando un nuevo ecosistema. A medida que Internet va reprogramando nuestras prácticas cognitivas y sociales, surgen nuevas preguntas. Por ejemplo, en lugar de preguntarnos: “¿por qué publicar esta información?”, la pregunta es, muchas veces: “¿por qué no publicarla?”.
Comprender los usos sociales de las tecnologías de comunicación nos conduce a la comprensión del hombre y sus prácticas. Las herramientas tienen un efecto psicológico importante porque nos dicen que nos podemos recrear a nosotros mismos. Como lo intuyó McLuhan “en esta era eléctrica –nosotros diríamos era digital– los hombres nos vemos constantemente traducidos cada vez más en información que se traslada en forma de extensión tecnológica de la conciencia... Es decir, que podemos traducir cada vez más aspectos de nosotros mismos a otras formas de expresión que nos exceden”. Pensemos, por ejemplo, en nuestra inteligencia colectiva expandida/distribuida en un gran número de comunidades virtuales. “Hoy en día es tan necesaria una especie de conciencia o consenso externo como una conciencia privada. Con los nuevos medios, sin embargo, es posible almacenar y traducir todo; y la velocidad no es un problema.”
* Docentes investigadores Universidad Nacional de Rosario.
** McLuhan, Marshall (1964) Understanding Media: the Extensions of Man, Nueva York, Signet Books, The New American Library, Inc.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Teorias da Comunicação em Jornalismo são tema de livro
Do Jornal da Intercom
Acaba de ser lançado, pela Editora Saraiva, o livro Teorias da Comunicação em Jornalismo – Reflexões sobre a mídia, de Clóvis de Barros Filho, Luiz Peres-Neto e Felipe Tavares Paes Lopes. Trata-se do volume 5 da coleção Introdução ao Jornalismo.
A obra é introdutória ao estudo dos meios de comunicação de massa e se dedica a discutir a relação estabelecida entre mídia e sociedade, dominação e identidade. O livro pode ser adquirido por R$ 44,00.
Acaba de ser lançado, pela Editora Saraiva, o livro Teorias da Comunicação em Jornalismo – Reflexões sobre a mídia, de Clóvis de Barros Filho, Luiz Peres-Neto e Felipe Tavares Paes Lopes. Trata-se do volume 5 da coleção Introdução ao Jornalismo.
A obra é introdutória ao estudo dos meios de comunicação de massa e se dedica a discutir a relação estabelecida entre mídia e sociedade, dominação e identidade. O livro pode ser adquirido por R$ 44,00.
terça-feira, 10 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
Livros digitais gratuitos da Unesp
Unesp lança 50 livros digitais gratuitos. Confira em http://agencia.fapesp.br/13785
Ou veja a coleção aqui: http://www.culturaacademica.com.br/colecao_view.asp?ID=6
E há livros sobre Comunicação, como este sobre Televisão Digital:
http://www.culturaacademica.com.br/downloads/%7B1A79D583-C7C9-4EB2-B0E1-D34543277741%7D_TV_digital-digital.pdf
Ou veja a coleção aqui: http://www.culturaacademica.com.br/colecao_view.asp?ID=6
E há livros sobre Comunicação, como este sobre Televisão Digital:
http://www.culturaacademica.com.br/downloads/%7B1A79D583-C7C9-4EB2-B0E1-D34543277741%7D_TV_digital-digital.pdf
terça-feira, 12 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Bibliografia em jornalismo online
Para alunos que se interessam em jornalismo online, dois bons links com bibliografias na área:
Meira da Rocha
http://meiradarocha.jor.br/news/2007/06/15/bibliografia-sobre-jornalismo-online/
André Deak
http://www.andredeak.com.br/2007/11/16/livros-e-equipamento-para-jornalismo-online/
Meira da Rocha
http://meiradarocha.jor.br/news/2007/06/15/bibliografia-sobre-jornalismo-online/
André Deak
http://www.andredeak.com.br/2007/11/16/livros-e-equipamento-para-jornalismo-online/
terça-feira, 22 de março de 2011
Rumos inscreve para Jornalismo Cultural até 15 de julho
Programação 2011 do Cine Jornalismo AIC
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO 2011
Exibições todo último sábado do mês, de março a novembro, às 16h, na Associação de Imprensa Campista (Rua Tenente Coronel Cardoso, 460, Centro, Campos -RJ). Para os alunos do Uniflu Fafic, a atividade é válida como quatro horas acadêmicas. Confira a programação:
26 de Março
Filme: Confidencial - EUA, 2006
Comentadora: Cláudia Eleonora
30 de Abril
Filme: Cidade do Silêncio -
EUA/Inglaterra, 2007
Comentador: Vitor Menezes
28 de Maio
Filme: Vídeos sobre jornalismo campista
(TCCs do Curso de Comunicação Social do UNIFLU-Fafic)
Comentadores: Estudantes realizadores
25 de Junho
Filme: Abaixando a Máquina - Brasil, 2008
Comentador: Ricardo André Vasconcelos
30 de Julho
Doces Poderes - Brasil, 1996
Comentador: Álvaro Marcos
27 de Agosto
Quase Famosos - EUA,2000
Comentador: Cássio Peixoto
24 de Setembro
Sala de Controle - EUA/Egito, 2003
Comentador: Alexandro F.
29 de Outubro
Filme: Crime Verdadeiro - EUA, 1999
Comentador: João Ventura
26 de Novembro
Muito Além do Jardim - EUA, 1979
Comentadora: Patrícia Daldegan
Exibições todo último sábado do mês, de março a novembro, às 16h, na Associação de Imprensa Campista (Rua Tenente Coronel Cardoso, 460, Centro, Campos -RJ). Para os alunos do Uniflu Fafic, a atividade é válida como quatro horas acadêmicas. Confira a programação:
26 de Março
Filme: Confidencial - EUA, 2006
Comentadora: Cláudia Eleonora
30 de Abril
Filme: Cidade do Silêncio -
EUA/Inglaterra, 2007
Comentador: Vitor Menezes
28 de Maio
Filme: Vídeos sobre jornalismo campista
(TCCs do Curso de Comunicação Social do UNIFLU-Fafic)
Comentadores: Estudantes realizadores
25 de Junho
Filme: Abaixando a Máquina - Brasil, 2008
Comentador: Ricardo André Vasconcelos
30 de Julho
Doces Poderes - Brasil, 1996
Comentador: Álvaro Marcos
27 de Agosto
Quase Famosos - EUA,2000
Comentador: Cássio Peixoto
24 de Setembro
Sala de Controle - EUA/Egito, 2003
Comentador: Alexandro F.
29 de Outubro
Filme: Crime Verdadeiro - EUA, 1999
Comentador: João Ventura
26 de Novembro
Muito Além do Jardim - EUA, 1979
Comentadora: Patrícia Daldegan
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Matéria da Trip com repórter investigativo do Fantástico
DA REVISTA TRIP 196, SEÇÃO Páginas Negras
Link para publicação original:
http://revistatrip.uol.com.br/revista/196/paginas-negras/o-cara-sem-cara-da-globo.html
O cara sem cara da Globo
Millos Kaiser
Eduardo Faustini é o repórter do Fantástico que faz denúncias e não pode mostrar o rostoVocê conhece este homem? Há 15 anos, todo domingo, ele invade a sua casa – mas você nunca o viu. Com uma câmera escondida, denunciou políticos, traficantes e picaretas de toda sorte. Em sua primeira entrevista, ele fala do assassinato de Tim Lopes, da violência carioca e de como é viver no limite entre a vida e a morte. É hora de você conhecer de verdade Eduardo Faustini, o repórter sem rosto do Fantástico.
Aviso
As Páginas Negras que você vai ler a seguir são diferentes do habitual. Você não irá conhecer a fundo a vida pessoal de nosso personagem, tampouco verá fotos de seu rosto. Essas foram as condições para que esta entrevista acontecesse. A razão de elas existirem é simples: a identidade de Eduardo Faustini deve permanecer em sigilo absoluto. Suas próximas matérias e sua própria vida dependem disso.
Você nunca viu seu rosto, no máximo escutou sua voz. Mas puxe na memória as matérias de televisão mais chocantes que você viu nos últimos 15 anos, aquelas em que criminosos confessavam tudo que fizeram ou eram pegos no ato sem perceber que estavam sendo filmados – com grandes chances, nos créditos delas estava “Reportagem: Eduardo Faustini”. Em imagens escuras, sem enquadramento e com áudio embolado, ele flagrou o pior lado do Brasil. Fingiu ser um idoso para delatar os maus-tratos em asilos; passou-se por caminhoneiro para mostrar os esquemas de propina nas rodovias; foi secretário interino na prefeitura de São Gonçalo (RJ) para escancarar a corrupção no município; deu provas definitivas para as prisões de Comendador Arcanjo, chefão do crime organizado em Mato Grosso, e de Hildebrando Pascoal, o deputado da motoserra. Políticos, traficantes, empresários, pedófilos, médicos... Faustini já denunciou desonestos das mais variadas espécies. Já mandou mais gente para o xadrez do que muito policial, mas afirma: “Não investigo para punir, mas para informar”.
Seu golpe mais recente foi na segurança de nosso sistema aéreo. Faustini embarcou em voos domésticos nos seis maiores aeroportos brasileiros despachando uma mala com uma réplica de AR-15, um pacote de açúcar simulando cocaína e R$ 100 mil em dinheiro cenográfico. Em uma das viagens, chegou a entrar na aeronave com o fuzil falso e exibiu-o para o cinegrafista. Não foi pego. Dias antes de as cenas irem ao ar, a Infraero ligou para o Fantástico pedindo seu cancelamento, mas foi ignorada. Com Olimpíada e Copa do Mundo a caminho, a reportagem foi como uma bomba cujos efeitos ainda se faziam sentir até o fechamento desta edição.
Desde 2002, ano do assassinato de Tim Lopes, a Globo mantém oito seguranças em sua cola. Seus deslocamentos são feitos sempre em carro blindado e, vez ou outra, Faustini tem que usar um colete à prova de balas por cima da camisa social. Duas vezes, ele e sua família foram obrigados a sair do país da noite para o dia e passar um mês fora do mapa. No condomínio onde residem, moradores receosos reuniram-se para tentar expulsá-lo do prédio. Ele sequer lembra quando foi a última vez que foi à praia. “Meu lazer”, ele diz, “é em casa.” Faustini papou praticamente todos os prêmios que existem no jornalismo brasileiro (Esso, Líbero Badaró de Telejornalismo, Embratel de Imprensa, Direitos Humanos de Jornalismo, entre vários outros), mas não pôde ir ao palco pegar nenhum deles. “Eu fico sentadinho na plateia enquanto um amigo recebe por mim. Mas eu prefiro assim. Sou tímido.”
A conversa que você lê a seguir foi fruto de duas tardes que passei com ele na sede de jornalismo da Rede Globo, no Jardim Botânico. Duas semanas antes, o país havia parado para assistir às imagens feita pela emissora de traficantes do Complexo do Alemão fugindo encurralados pelo Bope. Claro que Faustini estava lá. Na correria dos tiroteios, machucou o joelho e ainda estava andando meio manco. O profissional mais durão da casa chama a todos de “queridão” e é tratado da mesma forma. Ao cruzarmos por Régis Rösing, o jornalista esportivo diz para mim: “Você está entrevistando Deus”.
Faustini é congratulado o tempo todo nos corredores pelo seu trabalho, mas diz que muitos colegas têm medo de, por exemplo, acompanhá-lo para almoçar – justamente o que estou fazendo no momento. Assim que colocamos o pé para fora do prédio noto dois homens nos olhando de soslaio. Faustini parece não perceber e continua andando, enquanto um deles caminha na direção oposta e o outro vai para o lado, como se quisesse se posicionar atrás de nós. Medo. As pernas já começavam a bambear, e as histórias que acabara de escutar não ajudavam em nada. Até que. “Calma. São os seguranças”. Era a voz de Deus ao meu lado.
Como você virou jornalista?
Comecei como fotógrafo na revista O cruzeiro, moleque. De lá passei por vários veículos, mas não posso citar todos para não dar pistas da minha vida. Meu primeiro emprego na TV, que foi quando começou essa história de repórter sem rosto, no Documento especial, na Manchete. Não tinha repórter ancorando, apresentando a notícia, e aquilo caiu como uma luva para o tipo de reportagem que gosto de fazer.
Que tipo de reportagem?
De denúncia. De jogar luz em uma zona que está escura.
Mas não dá para fazer isso como os outros jornalistas fazem?
Eu admiro muito os profissionais que trabalham pela via formal, mostrando a cara, pesquisando documentos oficiais, recorrendo ao Ministério Público... O Caco Barcellos e o Marcos Uchôa, por exemplo, são assim, sou fã deles. Mas eu não trabalho dessa forma. Prefiro resolver a questão em uma filmagem. No dia seguinte, a casa do cara já caiu.
Quando você percebeu que seria um repórter investigativo?
Antes de tudo, acho bom dizer que, a meu ver, todo bom jornalismo deve ser investigativo. O que faço é, digamos, jornalismo com câmera escondida. Mas, voltando à pergunta, acho que foi n’O cruzeiro, quando fui cobrir uma apreensão de leite em pó. Voltei para a redação com as fotos, encontrei com meu editor no elevador e disse: “Não era nada de mais. Era só uma apreensão de leite em pó a granel”. E ele: “Sei, sei... Mas vem cá: você já viu leite em pó a granel?”. Fiquei com aquilo na cabeça e comecei a fuçar. Descobri que as sacas de leite haviam sido contrabandeadas de uma multinacional do Uruguai, uma puta história surreal. Foi ali que aprendi que, na maioria das vezes, o furo de reportagem não está na informação em si, mas no quão fundo você investiga ela.
Assumir outra identidade e usar câmeras escondidas não é “roubar no jogo”? Você não está cometendo uma ilegalidade para denunciar outra?
Acredito que a relevância de um fato é sempre mais importante que a infração que estou cometendo. Já tomei diversos processos, mas nenhum me acusando de criminoso. O interesse público é o meu foco. Pra mim, ele é mais importante que qualquer lei ou regra de etiqueta.
Você se sente prestando um serviço à população? Algo como um justiceiro social?
Não gosto desse termo. Quando cruzo com alguém aqui no corredor da emissora, perguntam: “E ai, vai foder quem esta semana?”. Ou: “Quem é que vai engasgar com a pizza de domingo desta vez?”. Mas eu juro para você que não tenho prazer em fazer a casa do cara cair. Não comemoro a prisão de um pedófilo ou a falência da empresa de um babaca qualquer. Comemoro, sim, uma reportagem bem-feita. Tenho amor pelo meu trabalho e o meu objetivo é fazê-lo da melhor forma possível.
Mas não dá uma pontinha de felicidade ver o cara no Jornal Nacional na segunda-feira de mãos algemadas?
Tudo bem. Tem uns caras que são filhas da puta demais. Vou lá numa escolinha no Nordeste, as crianças estudando sentadas em caixotes de feira, cheios de pregos saindo, os professores sem giz, sem merenda no almoço... e o prefeito desviando R$ 50 milhões. Sou ser humano, não dá para não sentir raiva.
Prefeitos e políticos em geral são alvos comuns seus. Por quê?
Os políticos não têm medo nenhum da Justiça, mas respeitam muito a imprensa. Eles preferem responder a um processo por 20, 30 anos a aparecer com a cueca cheia de dinheiro por 30 segundos na TV. A Justiça é muito lenta, ineficiente. Tanto que eles são os primeiros a falar: “Tô errado? Então me processa!”. Fora o absurdo que é o Segredo de Justiça. Isso não protege a dona Maria ou o seu João, protege apenas o milionário corrupto.
Já se arrependeu de alguma matéria?
Eu miro sempre nos peixes grandes, mas é aquela história: às vezes você quer pegar o tubarão e acaba pegando vários bagrinhos. Acontece de um laranja pegar cinco anos de cadeia e um assassino sanguinário pegar dois. É engraçado no Brasil: quando um crime vira escândalo nacional, parece que as penas aumentam. Mas aì eu não tenho o que fazer. Não costumo nem acompanhar o desenrolar de cada caso, já foco na próxima reportagem.
Já denunciou alguém que depois provou ser inocente?
Jamais. Não posso me dar ao luxo de errar. Tenho plena consciência de que, o dia que isso acontecer, vou para a rua. Perco todo o prestígio, todos os prêmios que já ganhei num piscar de olhos.
Você já se passou por caminhoneiro, dentista, político, empresário, médico... Faustini, você é, antes de tudo, um bom ator?
Realmente, mais fácil perguntar o que eu nunca fui. Mas o macete é controlar o corpo, o movimento. Fico mais nervoso dando uma palestra, dando esta entrevista aqui para você do que conversando com um traficante de fuzil nas costas. Na hora H, sei que não posso errar. O leão está vindo na minha direção e eu tenho apenas uma bala. Se eu não tiver as respostas certas e prontas, eu danço, como muitos dançaram. Não sinto fome, frio ou medo. No dia seguinte, tenho 40 graus de febre, mas na hora nada.
Você tem algum ritual antes de ligar a câmera? Faz alguma reza?
Sou católico, fui batizado. Mas não rezo, não. O que me protege mesmo e ampara são as cartas que recebo, de gente que nunca me viu, falando que estou na oração delas, que pedem pela minha proteção, para que eu não sinta medo.
Algum dos seus denunciados já desmascarou você?
Uma vez estava investigando médicos que davam laudos falsos para receberem reembolso do SUS. Um rapaz tinha caído de moto, quebrado um dente e o laudo dizia que ele havia feito uma cirurgia no cérebro, quebrado costelas, o diabo. Levei esse cara para o mesmo médico e registrei tudo com uma caneta filmadora. Eu estava tão à vontade que de vez em quando ainda abria a maleta onde estava o vídeo para checar o enquadramento. Ele examinou o rapaz e disse que ele não tinha nada na cabeça. Quando eu ia sacar o laudo anterior, o falso, um capitão da polícia entrou na sala. O médico, desconfiado, havia chamado-o sem eu perceber. Gelei e disse: “Capitão, só me diga uma coisa: você está em missão oficial aqui? Pois, se não estiver, pode sobrar para você”. Ele simplesmente saiu, o outro repórter da Globo entrou na sala e nós demos a matéria.
Então, além de fingir que é você é outra pessoa, ainda tem que pensar na pauta, no enquadramento, no som...
Tenho que pensar em tudo isso. Quando acuso alguém de aceitar propina, preciso da imagem dele recebendo o pacote de dinheiro, entendeu? Depois aprendi que era mais fácil dar nota por nota para ficar mais claro para o espectador. Eu tenho que fingir que sou muito burro. Pergunto exatamente o que o cara acabou de me dizer para fazer ele se entregar: “O quê? Quer dizer que podemos resolver isso se eu te der X reais nesse lugar em tal hora?”.
A tecnologia de hoje não facilita o trabalho?
Claro, as câmeras estão muito menores, mais leves. Antigamente eu tinha que carregar uma mala de viagens com um furo pra uma filmadora Betacam, um trambolho dentro. Mas, cara, a quantidade de furos de reportagem que já perdi porque essas coisinhas deram pau... Desenvolvi até úlcera gástrica. E é foda porque a grande maioria das matérias não dá para repetir, é tentativa única. Fora isso ainda tem uma leve rixa com o pessoal da engenharia aqui, que exige padrão de qualidade de imagem que nem sempre é possível em certas condições.
Há outras exigências na Globo?
Não posso falar muito. Mas garanto que tenho liberdade. Cada vez mais. Mas sei que se quiser falar o que quero, do jeito que quero, tenho que ter minha própria emissora. Não é puxação de saco, mas sou muito grato à Globo. Sou um profissional muito caro, dou muito trabalho.
Quão caro?
Posso dizer que ganho um bom salário. Mas eles gastam mesmo é com a minha segurança. Tenho oito seguranças cuidando de mim há oito anos, 24 horas por dia. Eles se revezam, tem sempre três trabalhando. Só ando de carro blindado, tenho que usar colete à prova de balas de vez em quando. A Globo é mais preocupada com a minha vida do que eu. Acho que ninguém melhor do que eu mesmo para medir o risco que eu corro. Mas respeito a decisão deles.
A preocupação aumentou depois da morte do Tim Lopes?
Aumentou, mas, por incrível que pareça, a morte do Tim teve um lado bom. O jornalismo investigativo no Brasil melhorou muito, nos tornamos um dos melhores do mundo. Saímos da sombra, fundamos a Abraji [Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo]. A morte do Tim foi um tapa na nossa cara. Pena ele ter tido de pagar com a própria vida para a gente aprender a lição.
Que lição?
Nós éramos cúmplices dos criminosos que estávamos denunciando. Só subíamos morro depois de falar com as associações de moradores, que falavam com os traficantes. A gente aceitava que aquele território não era nosso, pedia autorização para entrar ali. Era um absurdo! E eu faço mea-culpa. Hoje vejo que não existe lugar que o jornalista não possa ir, e eu não vou mais abrir mão disso.
Existe alguma explicação para a morte do Tim?
Azar. Nosso trabalho é uma roleta-russa, sempre. E ele perdeu.
Mas você acha que ele deu mais chance para o azar acontecer?
Não. O que ele fez, subir o morro sozinho de noite, eu fazia sempre. Ainda faço. E o Tim, se você for ver, nem era o cara da denúncia. Ele era muito bom com personagens, descobria um garoto no meio do Complexo da Maré que tocava um violino lindíssimo, esse tipo de coisa. Ele tinha o olhar do excluído, veio de uma zona pobre. Mas as matérias mais perigosas era eu quem fazia. Por isso que digo: foi azar.
Onde você estava no dia fatídico?
Em casa. Me ligaram da Globo umas 3 h, falando que o Tim tinha subido o [Morro do] Alemão sozinho e não tinha descido ainda. Liguei para o advogado dos traficantes de lá e fui atrás dele. Falei com uns sete ou oito traficantes. Eles falavam que não sabiam de nada, que eu tava viajando. Até que um deixou escapar: “Mermão, já era”. Saquei na hora que alguma coisa muito ruim tinha acontecido.
Vocês eram muito próximos?
O Tim... Porra, o Tim era um cara sensacional. Vascaíno doente como eu. Vivemos muita coisa juntos. Ele tinha um senso de humor espetacular. Sua morte foi muito doída. O filho dele trabalha aqui na Globo, é um puta jornalista também. Eu tentei trazer ele para o Fantástico, mas não deixaram.
Na época criticaram a Globo dizendo que ela foi inconsequente em deixá-lo subir o morro sozinho.
Isso é ridículo. O que ele fez é praxe aqui e em qualquer outra emissora. Como falei, ninguém melhor que o próprio jornalista para medir o risco que ele corre. Somos como sacerdotes, nos sacrificamos pela notícia. Tem um cara aqui, por exemplo, que perdeu a perna na guerra da Angola. Ossos do ofício.
Reclamaram também que a morte ganhou um peso exagerado nas coberturas, que quando gente comum morre não é assim.
Isso aconteceu porque era notícia, oras. Um jornalista morto em ação é notícia; um cidadão é menos, porque acontece sempre. Mas essa discussão são outros quinhentos, questionar o que é ou não notícia.
Você já passou perto da morte?
Toda semana [risos]. Ligam para a redação toda segunda-feira me ameaçando. No começo ficava desesperado. Hoje quando ligam falando que vão matar a mim e a toda minha família eu respondo: “Amigo, você vai ter que entrar na fila”. O Ministério Público já interceptou diversos planos para acabar com a minha vida. E a polícia também já me contou de presos que revelaram ter sido mandados atrás de mim.
Você deve ter um bocado de inimigos.
É pelo menos um novo a cada domingo. Geralmente são mais, porque esses caras têm família, amigos, cúmplices... E eu estou fazendo isso há 15 anos, então você imagina. Não quero nem fazer essa conta.
Já encontrou com algum deles depois da reportagem? Já sofreu algum ataque na rua, por exemplo?
Sim, mas não posso falar a respeito.
Você anda armado?
Jamais considerei essa opção. Não me sentiria mais seguro com uma arma.
E a história que você fez plástica para mudar o rosto?
Isso é mentira. Na verdade, não preciso usar disfarce porque ninguém sabe como eu sou. Eu não mostro o rosto justamente para preservar minha próxima matéria. Como ninguém sabe como eu sou, pode acreditar que sou qualquer coisa.
Sua família sofre por causa do seu trabalho?
Quando meu filho era bem criança, tinha um amigão, daqueles de fé mesmo. Um dia o pai foi brincar com os dois e perguntou o nome do meu filho. “Faustini? Por acaso seu pai se chama Eduardo Faustini? Seu pai é um filho da puta, acabou com a minha vida, blá-blá-blá.” Ele era um fiscal de renda que eu havia denunciado. Pagou um esporro no meu filho, que depois veio tirar satisfação comigo. Tive que explicar pra ele o que faço. Vi que por mais que eu me esconda, que eu proteja eles, alguma parte do meu trabalho sempre vai resvalar na minha família.
Mas eles já passaram por alguma situação mais extrema, de perigo concreto?
Desculpe, mas não posso falar disso.
OK. Mas imagino que não seja fácil para eles...
Minha mulher tem ciúme do meu trabalho. São 30 anos de casado. Com o tempo aprendi a lidar melhor com a relação trabalho X família, mas já brigamos muito. Hoje eles nem sabem das pautas em que estou metido, só veem quando ela vai ao ar. Devo tudo a eles. Eu escolhi ter essa vida; eles, não. Mesmo assim, nunca me pediram para abandonar o que faço. Nunca. Pelo contrário, sempre me apoiaram.
A rotina na casa dos Faustini é muito diferente?
Eu não atendo telefone, por exemplo. Deixei de usar aliança. Faço de tudo para preservá-los, mas é foda: já tive segurança morando no salão de festas do meu prédio, já houve reuniões de condomínio pedindo a nossa expulsão... Duas vezes, tivemos de ir para o exterior da noite para o dia passar 30 dias fora. Vivi muitos momentos difíceis em casa.
Você sente culpa de afetar a vida deles com o que você faz?
Não, eles me entendem. O que me incomoda é quando amigos ou familiares ligam pra minha casa depois do Fantástico sentindo-se no direito de opinar sobre a nossa vida: “Mas por que ele se arriscou assim? Vocês já têm dinheiro, não precisam disso”, “Seu marido é maluco”, essas coisas. Gente que não tem a menor ideia do que realmente se passa.
Você nunca pensou em largar tudo, levar uma vida normal?
Nunca. Eu ia morrer. Não sei fazer outra coisa.
O que o motiva a fazer o que faz? Não é fama, porque isso você não tem.
Uma vez estava em um hotel bem mixuruca, tomando uma ducha, e vi duas crianças falando do Eduardo Faustini. Uma delas citou todas as minhas matérias! Foi a glória, maior recompensa que tive até hoje.
Não deu vontade de revelar quem era o Eduardo Faustini?
Não ia mudar nada. Se bobear eles nem iam acreditar em mim. Tenho medo de abrir essas concessões e começar a gostar da coisa. Se eu for na Hebe um dia, no outro posso ser desmascarado quando estiver fazendo uma matéria. E imagina o político lá na cadeia me vendo num programa de entrevistas colhendo os louros da prisão dele? Seria muita tripudiação da minha parte. Eu só não abro mão de assinar minhas reportagens. Tenho que existir de alguma forma.
Queria falar um pouco da guerra ao tráfico no Rio de Janeiro. Você acha que foi mesmo uma vitória como a mídia e a própria Globo anunciaram?
Foi uma semente. A cidade é uma empresa, e essa empresa agora é do Estado novamente. Estamos vivendo um momento único. Se perdermos esse bonde, não haverá outro. Os três governos estão alinhados. Gosto muito do [José Carlos] Beltrame. É um cara seríssimo, o primeiro a fazer um trabalho de inteligência de verdade. As UPPs são a melhor coisa que já aconteceu. São caras, mas funcionam.
Dois anos atrás a polícia também entrou no Complexo do Alemão, prendeu traficantes e fincou a bandeira do Estado no topo do morro. Mas o tráfico continuou.
Achar que o tráfico vai acabar é uma burrice tremenda. Estamos falando de territórios reconquistados. É óbvio que no Alemão, no Dona Marta ainda há drogas, assim como há em Nova York, em Roma e aqui na esquina. O que está em jogo é o direito de ir e vir dos cidadãos, de não haver mais ninguém controlando a distribuição de gás, de eletricidade. O Alemão era uma zona de exclusão. Delegado, carrasco e prefeito encarnados numa pessoa só, que era o traficante. Isso é muito pior que tráfico em si, que a droga.
E o que você acha de legalizá-las?
Tenho medo. O Brasil não controla nada direito. Como que vai controlar isso? Lembro bem de quando os bingos foram legalizados e foi aquela baita lavagem de dinheiro, até que eles fecharam novamente. Mas sou a favor do debate.
Você já experimentou alguma droga?
Maconha, uma vez. Detestei. Sou muito elétrico, me botou para baixo.
O antropólogo Luiz Eduardo Soares acredita que a situação carioca não vai mudar sem uma devassa na polícia e no Legislativo. Você concorda?
A PM do Rio tem um grau de corrupção inacreditável. Temos que investir nas corregedorias e botar uma galera nova, que valoriza a profissão, para trabalhar. Não dá mais para termos aquele policial de 50 anos barrigudão, que nunca vai delatar o companheiro. O Brasil sofre desse mal: ninguém investiga seus pares. Quem o faz vira X-9, delator.
Faustini, você se diverte de vez em quando?
Sim, quando trabalho [risos]. Meu lazer é em casa. Não posso ir ao cinema, à praia. O máximo que faço é ir a um restaurante, à casa de amigos. Nas férias, costumo ir para uma praia no Nordeste que adoro. Minha mulher me faz prometer que eu não vou entrar na internet, atender celular, mas não aguento. Vou escondido em uma lan house ou então peço o celular emprestado para alguém. Já pedi até para criança. É uma cena bem ridícula, mas não consigo me conter.
E a aposentadoria, chega quando?
Cara, você vai me achar maluco, mas com 80 anos quero trabalhar mais do que nunca. Os equipamentos vão estar mais modernos. Além disso, ninguém suspeita de um idoso. Vou denunciar clínicas, hospitais, médicos... vou botar pra quebrar.
Link para publicação original:
http://revistatrip.uol.com.br/revista/196/paginas-negras/o-cara-sem-cara-da-globo.html
O cara sem cara da Globo
Millos Kaiser
Eduardo Faustini é o repórter do Fantástico que faz denúncias e não pode mostrar o rostoVocê conhece este homem? Há 15 anos, todo domingo, ele invade a sua casa – mas você nunca o viu. Com uma câmera escondida, denunciou políticos, traficantes e picaretas de toda sorte. Em sua primeira entrevista, ele fala do assassinato de Tim Lopes, da violência carioca e de como é viver no limite entre a vida e a morte. É hora de você conhecer de verdade Eduardo Faustini, o repórter sem rosto do Fantástico.
Aviso
As Páginas Negras que você vai ler a seguir são diferentes do habitual. Você não irá conhecer a fundo a vida pessoal de nosso personagem, tampouco verá fotos de seu rosto. Essas foram as condições para que esta entrevista acontecesse. A razão de elas existirem é simples: a identidade de Eduardo Faustini deve permanecer em sigilo absoluto. Suas próximas matérias e sua própria vida dependem disso.
Você nunca viu seu rosto, no máximo escutou sua voz. Mas puxe na memória as matérias de televisão mais chocantes que você viu nos últimos 15 anos, aquelas em que criminosos confessavam tudo que fizeram ou eram pegos no ato sem perceber que estavam sendo filmados – com grandes chances, nos créditos delas estava “Reportagem: Eduardo Faustini”. Em imagens escuras, sem enquadramento e com áudio embolado, ele flagrou o pior lado do Brasil. Fingiu ser um idoso para delatar os maus-tratos em asilos; passou-se por caminhoneiro para mostrar os esquemas de propina nas rodovias; foi secretário interino na prefeitura de São Gonçalo (RJ) para escancarar a corrupção no município; deu provas definitivas para as prisões de Comendador Arcanjo, chefão do crime organizado em Mato Grosso, e de Hildebrando Pascoal, o deputado da motoserra. Políticos, traficantes, empresários, pedófilos, médicos... Faustini já denunciou desonestos das mais variadas espécies. Já mandou mais gente para o xadrez do que muito policial, mas afirma: “Não investigo para punir, mas para informar”.
Seu golpe mais recente foi na segurança de nosso sistema aéreo. Faustini embarcou em voos domésticos nos seis maiores aeroportos brasileiros despachando uma mala com uma réplica de AR-15, um pacote de açúcar simulando cocaína e R$ 100 mil em dinheiro cenográfico. Em uma das viagens, chegou a entrar na aeronave com o fuzil falso e exibiu-o para o cinegrafista. Não foi pego. Dias antes de as cenas irem ao ar, a Infraero ligou para o Fantástico pedindo seu cancelamento, mas foi ignorada. Com Olimpíada e Copa do Mundo a caminho, a reportagem foi como uma bomba cujos efeitos ainda se faziam sentir até o fechamento desta edição.
Desde 2002, ano do assassinato de Tim Lopes, a Globo mantém oito seguranças em sua cola. Seus deslocamentos são feitos sempre em carro blindado e, vez ou outra, Faustini tem que usar um colete à prova de balas por cima da camisa social. Duas vezes, ele e sua família foram obrigados a sair do país da noite para o dia e passar um mês fora do mapa. No condomínio onde residem, moradores receosos reuniram-se para tentar expulsá-lo do prédio. Ele sequer lembra quando foi a última vez que foi à praia. “Meu lazer”, ele diz, “é em casa.” Faustini papou praticamente todos os prêmios que existem no jornalismo brasileiro (Esso, Líbero Badaró de Telejornalismo, Embratel de Imprensa, Direitos Humanos de Jornalismo, entre vários outros), mas não pôde ir ao palco pegar nenhum deles. “Eu fico sentadinho na plateia enquanto um amigo recebe por mim. Mas eu prefiro assim. Sou tímido.”
A conversa que você lê a seguir foi fruto de duas tardes que passei com ele na sede de jornalismo da Rede Globo, no Jardim Botânico. Duas semanas antes, o país havia parado para assistir às imagens feita pela emissora de traficantes do Complexo do Alemão fugindo encurralados pelo Bope. Claro que Faustini estava lá. Na correria dos tiroteios, machucou o joelho e ainda estava andando meio manco. O profissional mais durão da casa chama a todos de “queridão” e é tratado da mesma forma. Ao cruzarmos por Régis Rösing, o jornalista esportivo diz para mim: “Você está entrevistando Deus”.
Faustini é congratulado o tempo todo nos corredores pelo seu trabalho, mas diz que muitos colegas têm medo de, por exemplo, acompanhá-lo para almoçar – justamente o que estou fazendo no momento. Assim que colocamos o pé para fora do prédio noto dois homens nos olhando de soslaio. Faustini parece não perceber e continua andando, enquanto um deles caminha na direção oposta e o outro vai para o lado, como se quisesse se posicionar atrás de nós. Medo. As pernas já começavam a bambear, e as histórias que acabara de escutar não ajudavam em nada. Até que. “Calma. São os seguranças”. Era a voz de Deus ao meu lado.
Como você virou jornalista?
Comecei como fotógrafo na revista O cruzeiro, moleque. De lá passei por vários veículos, mas não posso citar todos para não dar pistas da minha vida. Meu primeiro emprego na TV, que foi quando começou essa história de repórter sem rosto, no Documento especial, na Manchete. Não tinha repórter ancorando, apresentando a notícia, e aquilo caiu como uma luva para o tipo de reportagem que gosto de fazer.
Que tipo de reportagem?
De denúncia. De jogar luz em uma zona que está escura.
Mas não dá para fazer isso como os outros jornalistas fazem?
Eu admiro muito os profissionais que trabalham pela via formal, mostrando a cara, pesquisando documentos oficiais, recorrendo ao Ministério Público... O Caco Barcellos e o Marcos Uchôa, por exemplo, são assim, sou fã deles. Mas eu não trabalho dessa forma. Prefiro resolver a questão em uma filmagem. No dia seguinte, a casa do cara já caiu.
Quando você percebeu que seria um repórter investigativo?
Antes de tudo, acho bom dizer que, a meu ver, todo bom jornalismo deve ser investigativo. O que faço é, digamos, jornalismo com câmera escondida. Mas, voltando à pergunta, acho que foi n’O cruzeiro, quando fui cobrir uma apreensão de leite em pó. Voltei para a redação com as fotos, encontrei com meu editor no elevador e disse: “Não era nada de mais. Era só uma apreensão de leite em pó a granel”. E ele: “Sei, sei... Mas vem cá: você já viu leite em pó a granel?”. Fiquei com aquilo na cabeça e comecei a fuçar. Descobri que as sacas de leite haviam sido contrabandeadas de uma multinacional do Uruguai, uma puta história surreal. Foi ali que aprendi que, na maioria das vezes, o furo de reportagem não está na informação em si, mas no quão fundo você investiga ela.
Assumir outra identidade e usar câmeras escondidas não é “roubar no jogo”? Você não está cometendo uma ilegalidade para denunciar outra?
Acredito que a relevância de um fato é sempre mais importante que a infração que estou cometendo. Já tomei diversos processos, mas nenhum me acusando de criminoso. O interesse público é o meu foco. Pra mim, ele é mais importante que qualquer lei ou regra de etiqueta.
Você se sente prestando um serviço à população? Algo como um justiceiro social?
Não gosto desse termo. Quando cruzo com alguém aqui no corredor da emissora, perguntam: “E ai, vai foder quem esta semana?”. Ou: “Quem é que vai engasgar com a pizza de domingo desta vez?”. Mas eu juro para você que não tenho prazer em fazer a casa do cara cair. Não comemoro a prisão de um pedófilo ou a falência da empresa de um babaca qualquer. Comemoro, sim, uma reportagem bem-feita. Tenho amor pelo meu trabalho e o meu objetivo é fazê-lo da melhor forma possível.
Mas não dá uma pontinha de felicidade ver o cara no Jornal Nacional na segunda-feira de mãos algemadas?
Tudo bem. Tem uns caras que são filhas da puta demais. Vou lá numa escolinha no Nordeste, as crianças estudando sentadas em caixotes de feira, cheios de pregos saindo, os professores sem giz, sem merenda no almoço... e o prefeito desviando R$ 50 milhões. Sou ser humano, não dá para não sentir raiva.
Prefeitos e políticos em geral são alvos comuns seus. Por quê?
Os políticos não têm medo nenhum da Justiça, mas respeitam muito a imprensa. Eles preferem responder a um processo por 20, 30 anos a aparecer com a cueca cheia de dinheiro por 30 segundos na TV. A Justiça é muito lenta, ineficiente. Tanto que eles são os primeiros a falar: “Tô errado? Então me processa!”. Fora o absurdo que é o Segredo de Justiça. Isso não protege a dona Maria ou o seu João, protege apenas o milionário corrupto.
Já se arrependeu de alguma matéria?
Eu miro sempre nos peixes grandes, mas é aquela história: às vezes você quer pegar o tubarão e acaba pegando vários bagrinhos. Acontece de um laranja pegar cinco anos de cadeia e um assassino sanguinário pegar dois. É engraçado no Brasil: quando um crime vira escândalo nacional, parece que as penas aumentam. Mas aì eu não tenho o que fazer. Não costumo nem acompanhar o desenrolar de cada caso, já foco na próxima reportagem.
Já denunciou alguém que depois provou ser inocente?
Jamais. Não posso me dar ao luxo de errar. Tenho plena consciência de que, o dia que isso acontecer, vou para a rua. Perco todo o prestígio, todos os prêmios que já ganhei num piscar de olhos.
Você já se passou por caminhoneiro, dentista, político, empresário, médico... Faustini, você é, antes de tudo, um bom ator?
Realmente, mais fácil perguntar o que eu nunca fui. Mas o macete é controlar o corpo, o movimento. Fico mais nervoso dando uma palestra, dando esta entrevista aqui para você do que conversando com um traficante de fuzil nas costas. Na hora H, sei que não posso errar. O leão está vindo na minha direção e eu tenho apenas uma bala. Se eu não tiver as respostas certas e prontas, eu danço, como muitos dançaram. Não sinto fome, frio ou medo. No dia seguinte, tenho 40 graus de febre, mas na hora nada.
Você tem algum ritual antes de ligar a câmera? Faz alguma reza?
Sou católico, fui batizado. Mas não rezo, não. O que me protege mesmo e ampara são as cartas que recebo, de gente que nunca me viu, falando que estou na oração delas, que pedem pela minha proteção, para que eu não sinta medo.
Algum dos seus denunciados já desmascarou você?
Uma vez estava investigando médicos que davam laudos falsos para receberem reembolso do SUS. Um rapaz tinha caído de moto, quebrado um dente e o laudo dizia que ele havia feito uma cirurgia no cérebro, quebrado costelas, o diabo. Levei esse cara para o mesmo médico e registrei tudo com uma caneta filmadora. Eu estava tão à vontade que de vez em quando ainda abria a maleta onde estava o vídeo para checar o enquadramento. Ele examinou o rapaz e disse que ele não tinha nada na cabeça. Quando eu ia sacar o laudo anterior, o falso, um capitão da polícia entrou na sala. O médico, desconfiado, havia chamado-o sem eu perceber. Gelei e disse: “Capitão, só me diga uma coisa: você está em missão oficial aqui? Pois, se não estiver, pode sobrar para você”. Ele simplesmente saiu, o outro repórter da Globo entrou na sala e nós demos a matéria.
Então, além de fingir que é você é outra pessoa, ainda tem que pensar na pauta, no enquadramento, no som...
Tenho que pensar em tudo isso. Quando acuso alguém de aceitar propina, preciso da imagem dele recebendo o pacote de dinheiro, entendeu? Depois aprendi que era mais fácil dar nota por nota para ficar mais claro para o espectador. Eu tenho que fingir que sou muito burro. Pergunto exatamente o que o cara acabou de me dizer para fazer ele se entregar: “O quê? Quer dizer que podemos resolver isso se eu te der X reais nesse lugar em tal hora?”.
A tecnologia de hoje não facilita o trabalho?
Claro, as câmeras estão muito menores, mais leves. Antigamente eu tinha que carregar uma mala de viagens com um furo pra uma filmadora Betacam, um trambolho dentro. Mas, cara, a quantidade de furos de reportagem que já perdi porque essas coisinhas deram pau... Desenvolvi até úlcera gástrica. E é foda porque a grande maioria das matérias não dá para repetir, é tentativa única. Fora isso ainda tem uma leve rixa com o pessoal da engenharia aqui, que exige padrão de qualidade de imagem que nem sempre é possível em certas condições.
Há outras exigências na Globo?
Não posso falar muito. Mas garanto que tenho liberdade. Cada vez mais. Mas sei que se quiser falar o que quero, do jeito que quero, tenho que ter minha própria emissora. Não é puxação de saco, mas sou muito grato à Globo. Sou um profissional muito caro, dou muito trabalho.
Quão caro?
Posso dizer que ganho um bom salário. Mas eles gastam mesmo é com a minha segurança. Tenho oito seguranças cuidando de mim há oito anos, 24 horas por dia. Eles se revezam, tem sempre três trabalhando. Só ando de carro blindado, tenho que usar colete à prova de balas de vez em quando. A Globo é mais preocupada com a minha vida do que eu. Acho que ninguém melhor do que eu mesmo para medir o risco que eu corro. Mas respeito a decisão deles.
A preocupação aumentou depois da morte do Tim Lopes?
Aumentou, mas, por incrível que pareça, a morte do Tim teve um lado bom. O jornalismo investigativo no Brasil melhorou muito, nos tornamos um dos melhores do mundo. Saímos da sombra, fundamos a Abraji [Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo]. A morte do Tim foi um tapa na nossa cara. Pena ele ter tido de pagar com a própria vida para a gente aprender a lição.
Que lição?
Nós éramos cúmplices dos criminosos que estávamos denunciando. Só subíamos morro depois de falar com as associações de moradores, que falavam com os traficantes. A gente aceitava que aquele território não era nosso, pedia autorização para entrar ali. Era um absurdo! E eu faço mea-culpa. Hoje vejo que não existe lugar que o jornalista não possa ir, e eu não vou mais abrir mão disso.
Existe alguma explicação para a morte do Tim?
Azar. Nosso trabalho é uma roleta-russa, sempre. E ele perdeu.
Mas você acha que ele deu mais chance para o azar acontecer?
Não. O que ele fez, subir o morro sozinho de noite, eu fazia sempre. Ainda faço. E o Tim, se você for ver, nem era o cara da denúncia. Ele era muito bom com personagens, descobria um garoto no meio do Complexo da Maré que tocava um violino lindíssimo, esse tipo de coisa. Ele tinha o olhar do excluído, veio de uma zona pobre. Mas as matérias mais perigosas era eu quem fazia. Por isso que digo: foi azar.
Onde você estava no dia fatídico?
Em casa. Me ligaram da Globo umas 3 h, falando que o Tim tinha subido o [Morro do] Alemão sozinho e não tinha descido ainda. Liguei para o advogado dos traficantes de lá e fui atrás dele. Falei com uns sete ou oito traficantes. Eles falavam que não sabiam de nada, que eu tava viajando. Até que um deixou escapar: “Mermão, já era”. Saquei na hora que alguma coisa muito ruim tinha acontecido.
Vocês eram muito próximos?
O Tim... Porra, o Tim era um cara sensacional. Vascaíno doente como eu. Vivemos muita coisa juntos. Ele tinha um senso de humor espetacular. Sua morte foi muito doída. O filho dele trabalha aqui na Globo, é um puta jornalista também. Eu tentei trazer ele para o Fantástico, mas não deixaram.
Na época criticaram a Globo dizendo que ela foi inconsequente em deixá-lo subir o morro sozinho.
Isso é ridículo. O que ele fez é praxe aqui e em qualquer outra emissora. Como falei, ninguém melhor que o próprio jornalista para medir o risco que ele corre. Somos como sacerdotes, nos sacrificamos pela notícia. Tem um cara aqui, por exemplo, que perdeu a perna na guerra da Angola. Ossos do ofício.
Reclamaram também que a morte ganhou um peso exagerado nas coberturas, que quando gente comum morre não é assim.
Isso aconteceu porque era notícia, oras. Um jornalista morto em ação é notícia; um cidadão é menos, porque acontece sempre. Mas essa discussão são outros quinhentos, questionar o que é ou não notícia.
Você já passou perto da morte?
Toda semana [risos]. Ligam para a redação toda segunda-feira me ameaçando. No começo ficava desesperado. Hoje quando ligam falando que vão matar a mim e a toda minha família eu respondo: “Amigo, você vai ter que entrar na fila”. O Ministério Público já interceptou diversos planos para acabar com a minha vida. E a polícia também já me contou de presos que revelaram ter sido mandados atrás de mim.
Você deve ter um bocado de inimigos.
É pelo menos um novo a cada domingo. Geralmente são mais, porque esses caras têm família, amigos, cúmplices... E eu estou fazendo isso há 15 anos, então você imagina. Não quero nem fazer essa conta.
Já encontrou com algum deles depois da reportagem? Já sofreu algum ataque na rua, por exemplo?
Sim, mas não posso falar a respeito.
Você anda armado?
Jamais considerei essa opção. Não me sentiria mais seguro com uma arma.
E a história que você fez plástica para mudar o rosto?
Isso é mentira. Na verdade, não preciso usar disfarce porque ninguém sabe como eu sou. Eu não mostro o rosto justamente para preservar minha próxima matéria. Como ninguém sabe como eu sou, pode acreditar que sou qualquer coisa.
Sua família sofre por causa do seu trabalho?
Quando meu filho era bem criança, tinha um amigão, daqueles de fé mesmo. Um dia o pai foi brincar com os dois e perguntou o nome do meu filho. “Faustini? Por acaso seu pai se chama Eduardo Faustini? Seu pai é um filho da puta, acabou com a minha vida, blá-blá-blá.” Ele era um fiscal de renda que eu havia denunciado. Pagou um esporro no meu filho, que depois veio tirar satisfação comigo. Tive que explicar pra ele o que faço. Vi que por mais que eu me esconda, que eu proteja eles, alguma parte do meu trabalho sempre vai resvalar na minha família.
Mas eles já passaram por alguma situação mais extrema, de perigo concreto?
Desculpe, mas não posso falar disso.
OK. Mas imagino que não seja fácil para eles...
Minha mulher tem ciúme do meu trabalho. São 30 anos de casado. Com o tempo aprendi a lidar melhor com a relação trabalho X família, mas já brigamos muito. Hoje eles nem sabem das pautas em que estou metido, só veem quando ela vai ao ar. Devo tudo a eles. Eu escolhi ter essa vida; eles, não. Mesmo assim, nunca me pediram para abandonar o que faço. Nunca. Pelo contrário, sempre me apoiaram.
A rotina na casa dos Faustini é muito diferente?
Eu não atendo telefone, por exemplo. Deixei de usar aliança. Faço de tudo para preservá-los, mas é foda: já tive segurança morando no salão de festas do meu prédio, já houve reuniões de condomínio pedindo a nossa expulsão... Duas vezes, tivemos de ir para o exterior da noite para o dia passar 30 dias fora. Vivi muitos momentos difíceis em casa.
Você sente culpa de afetar a vida deles com o que você faz?
Não, eles me entendem. O que me incomoda é quando amigos ou familiares ligam pra minha casa depois do Fantástico sentindo-se no direito de opinar sobre a nossa vida: “Mas por que ele se arriscou assim? Vocês já têm dinheiro, não precisam disso”, “Seu marido é maluco”, essas coisas. Gente que não tem a menor ideia do que realmente se passa.
Você nunca pensou em largar tudo, levar uma vida normal?
Nunca. Eu ia morrer. Não sei fazer outra coisa.
O que o motiva a fazer o que faz? Não é fama, porque isso você não tem.
Uma vez estava em um hotel bem mixuruca, tomando uma ducha, e vi duas crianças falando do Eduardo Faustini. Uma delas citou todas as minhas matérias! Foi a glória, maior recompensa que tive até hoje.
Não deu vontade de revelar quem era o Eduardo Faustini?
Não ia mudar nada. Se bobear eles nem iam acreditar em mim. Tenho medo de abrir essas concessões e começar a gostar da coisa. Se eu for na Hebe um dia, no outro posso ser desmascarado quando estiver fazendo uma matéria. E imagina o político lá na cadeia me vendo num programa de entrevistas colhendo os louros da prisão dele? Seria muita tripudiação da minha parte. Eu só não abro mão de assinar minhas reportagens. Tenho que existir de alguma forma.
Queria falar um pouco da guerra ao tráfico no Rio de Janeiro. Você acha que foi mesmo uma vitória como a mídia e a própria Globo anunciaram?
Foi uma semente. A cidade é uma empresa, e essa empresa agora é do Estado novamente. Estamos vivendo um momento único. Se perdermos esse bonde, não haverá outro. Os três governos estão alinhados. Gosto muito do [José Carlos] Beltrame. É um cara seríssimo, o primeiro a fazer um trabalho de inteligência de verdade. As UPPs são a melhor coisa que já aconteceu. São caras, mas funcionam.
Dois anos atrás a polícia também entrou no Complexo do Alemão, prendeu traficantes e fincou a bandeira do Estado no topo do morro. Mas o tráfico continuou.
Achar que o tráfico vai acabar é uma burrice tremenda. Estamos falando de territórios reconquistados. É óbvio que no Alemão, no Dona Marta ainda há drogas, assim como há em Nova York, em Roma e aqui na esquina. O que está em jogo é o direito de ir e vir dos cidadãos, de não haver mais ninguém controlando a distribuição de gás, de eletricidade. O Alemão era uma zona de exclusão. Delegado, carrasco e prefeito encarnados numa pessoa só, que era o traficante. Isso é muito pior que tráfico em si, que a droga.
E o que você acha de legalizá-las?
Tenho medo. O Brasil não controla nada direito. Como que vai controlar isso? Lembro bem de quando os bingos foram legalizados e foi aquela baita lavagem de dinheiro, até que eles fecharam novamente. Mas sou a favor do debate.
Você já experimentou alguma droga?
Maconha, uma vez. Detestei. Sou muito elétrico, me botou para baixo.
O antropólogo Luiz Eduardo Soares acredita que a situação carioca não vai mudar sem uma devassa na polícia e no Legislativo. Você concorda?
A PM do Rio tem um grau de corrupção inacreditável. Temos que investir nas corregedorias e botar uma galera nova, que valoriza a profissão, para trabalhar. Não dá mais para termos aquele policial de 50 anos barrigudão, que nunca vai delatar o companheiro. O Brasil sofre desse mal: ninguém investiga seus pares. Quem o faz vira X-9, delator.
Faustini, você se diverte de vez em quando?
Sim, quando trabalho [risos]. Meu lazer é em casa. Não posso ir ao cinema, à praia. O máximo que faço é ir a um restaurante, à casa de amigos. Nas férias, costumo ir para uma praia no Nordeste que adoro. Minha mulher me faz prometer que eu não vou entrar na internet, atender celular, mas não aguento. Vou escondido em uma lan house ou então peço o celular emprestado para alguém. Já pedi até para criança. É uma cena bem ridícula, mas não consigo me conter.
E a aposentadoria, chega quando?
Cara, você vai me achar maluco, mas com 80 anos quero trabalhar mais do que nunca. Os equipamentos vão estar mais modernos. Além disso, ninguém suspeita de um idoso. Vou denunciar clínicas, hospitais, médicos... vou botar pra quebrar.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Narrativas III - Livros comentados em sala de aula
Achado não é roubado - A história do homem que encontrou um milhão de dólares (ed Landscape)
Mark Bowden
Os honrados Mafiosos (ed Expressão e Cultura)
Gay Talese
Nos bastidores da campanha - Crônica de uma vitória (ed Objetiva)
Expedito Filho
Jornalistas Literários - Narrativas da vida real por novos autores brasileiros (ed Summus Editorial)
Sergio Vilas Boas (org)
Pixote - Infância dos Mortos (ed Global Editora)
José Louzeiro
Nova York - Antes e depois do atentado (ed Geração Editorial)
Sérgio Dávila
Direto da Selva - As aventuras de um repórter na Amazônia (ed Geração Editorial)
Klester Cavalcanti
Traidores (ed Landscape)
Richard Sale
Diário de Guadalcanal (ed Objetiva)
Richard Tregaskis
Na pior em Paris e Londres (ed Companhia das Letras)
George Orwell
Jornalismo Literário (ed Contexto)
Felipe Pena
O Livro no Jornal (ed Ateliê Editorial)
Isabel Travancas
Pena de Aluguel - Escritores jornalistas no Brasil 1904-2004 (ed Companhia das Letras)
Cristiane Costa
A Sangue Frio (ed Abril Cultural)
Truman Capote
Viagens com o Presidente - Dois repórteres no encalço de Lula no Planalto e no experior (ed Record)
Eduardo Scolese e Leonencio Nossa
Do Golpe ao Planalto - Uma vida de repórter (ed Companhia das Letras)
Ricardo Kotscho
Bar Bodega - Um crime de imprensa (ed Globo)
Carlos Dorneles
Os Sertões (ed Nova Cultural)
Euclides da Cunha
Mark Bowden
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Mineiros tiveram media training por videoconferência
Do Comunique-se - Com informações do IG
Os 33 mineiros chilenos soterrados no norte do Chile foram treinados para lidar com a imprensa enquanto ainda estavam na mina. Os 700 metros de profundidade não foram obstáculo para o media-training, realizado por videoconferência. O jornalista e diretor da Associação Chilena de Segurança, Alejandro Pino, foi o responsável por dar aulas de expressão oral aos mineiros.
Pino conversou com cada um dos trabalhadores e conheceu suas histórias. Para ele, que coordenou outros detalhes da operação de resgate e ficou dois meses sem ver a família, esse foi o “trabalho mais importante de sua vida”, disse em entrevista ao IG.
O jornalista contou como fez o media-training, mas, por uma questão ética, não quis detalhar as histórias dos mineiros, mesmo assim, afirmou que todos têm histórias interessantes para contar.
“Dividimos as aulas em duas partes. Em uma delas, os mineiros apenas respondiam perguntas. Muitas eram difíceis e até indiscretas, pois precisava ver como respondiam e como reagiam. Ensinei, também, que eles tinham todo o direito de não responder o que não quisessem. Na segunda etapa, o foco estava em como desenvolver uma conversa. É bem provável que eles sejam convidados a participar de programas de televisão, por exemplo, e queríamos que soubessem contar suas histórias de maneira estruturada. Trata-se de um grupo de pessoas muito inteligentes e com histórias interessantes”, explicou.
Os mineiros, que ficaram soterrados por 69 dias, foram resgatados essa semana. Mais de 1.500 jornalistas do mundo cobriram a operação.
Os 33 mineiros chilenos soterrados no norte do Chile foram treinados para lidar com a imprensa enquanto ainda estavam na mina. Os 700 metros de profundidade não foram obstáculo para o media-training, realizado por videoconferência. O jornalista e diretor da Associação Chilena de Segurança, Alejandro Pino, foi o responsável por dar aulas de expressão oral aos mineiros.
Pino conversou com cada um dos trabalhadores e conheceu suas histórias. Para ele, que coordenou outros detalhes da operação de resgate e ficou dois meses sem ver a família, esse foi o “trabalho mais importante de sua vida”, disse em entrevista ao IG.
O jornalista contou como fez o media-training, mas, por uma questão ética, não quis detalhar as histórias dos mineiros, mesmo assim, afirmou que todos têm histórias interessantes para contar.
“Dividimos as aulas em duas partes. Em uma delas, os mineiros apenas respondiam perguntas. Muitas eram difíceis e até indiscretas, pois precisava ver como respondiam e como reagiam. Ensinei, também, que eles tinham todo o direito de não responder o que não quisessem. Na segunda etapa, o foco estava em como desenvolver uma conversa. É bem provável que eles sejam convidados a participar de programas de televisão, por exemplo, e queríamos que soubessem contar suas histórias de maneira estruturada. Trata-se de um grupo de pessoas muito inteligentes e com histórias interessantes”, explicou.
Os mineiros, que ficaram soterrados por 69 dias, foram resgatados essa semana. Mais de 1.500 jornalistas do mundo cobriram a operação.
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